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Balé da Escola Leda Lêdo Esteves colhe resultados positivos

22/10/2012 12:37:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Joice Trindade

Atividade é desenvolvida no local através da Secretaria de Educação.

Postura ereta, movimentos circulares dos braços e pernas, leveza, harmonia e simetria. Estes são os princípios do balé seguidos por 79 alunas das turmas de Pré I e II Escola Municipal de Educação Infantil Leda Lêdo Esteves. A atividade desenvolvida pela Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação, faz parte do projeto “Dança na Escola”. O projeto, que começou no primeiro bimestre do ano letivo, tem o objetivo de destacar a integração e desenvolvimento das habilidades, coordenação motora, ritmo e lateraridade dos alunos.

As atividades artísticas ministradas nas unidades do segmento infantil seguem os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Infantil, que indicam as capacidades a serem desenvolvidas pelas crianças, de ordem física, cognitiva, ética, estética, afetiva, de relação interpessoal, de inserção social e fornecem os campos de ação. Nesses campos são especificados o conhecimento de si e do outro, o brincar, o movimento, a língua oral e escrita, a matemática, as artes visuais, a música e o conhecimento do mundo.

Satisfeito com o desempenho do projeto, o secretário de Educação, José Augusto Aguiar, destaca que a rede municipal se preocupa em oportunizar a prática motora, pois ela é essencial e determinante no processo de desenvolvimento geral da criança:

- A atuação do professor e integração da comunidade escolar é fundamental para o planejamento de projetos como estes, que visam à construção da cidadania – disse ele, que lembrou também que manifestações artísticas também são realizadas em outras escolas, como as aulas de hip-hop na Arléa Carvalho José e o balé do Colégio Botafogo.

Sonho - Responsáveis e dedicadas, as aprendizes de bailarina na faixa dos cinco e seis anos fazem questão de não faltar às aulas e aprender as diferentes técnicas de balé, que mistura mímica e, são coreografadas e acompanhadas por canções, geralmente, trabalhadas em sala de aula. O “Dança na Escola” despertou um empenho especial em duas estudantes: Julie Paixão Moreira e Nicolle Borges Drumond. Ambas, dividem o mesmo sonho de se tornarem bailarinas profissionais: “Eu treino em casa, para fazer bonito nos ensaios e apresentações. Quando crescer quero ser bailarina”, falou Julie. Já Nicolle resolveu confessar o sonho através da produção de um desenho: “O balé é tudo para mim. Sonho em ser bailarina”, afirmou.

Outras participantes são as alunas Beatriz Barcelos Soares, Sofia Vieira Martins, Mariana dos Santos, Ana Clara Vieira, Sara Vitória Vieira e Ana Vitória Pereira, que fazem questão de mostrar a desenvoltura e a alegria durante a atividade.

Projeto - Diante da atuação do grupo, a direção está se preparando para apresentação final durante a despedida da turma do Pré II: “Ficamos orgulhosos deste trabalho. Os pais e responsáveis pelos estudantes se mobilizaram em rifas e campanhas para ajudar na organização do espaço dedicado às aulas. E o projeto foi muito reconhecido no município depois da apresentação do balé na feira Literarte”, contou a diretora geral, Mariana Duarte Pinto.

Para a inclusão, a direção da unidade lembra que também convidou os meninos para fazer parte das aulas: “Ainda não tivemos o interesse de nenhum, que durante as aulas de balé, participam de aulas de Educação Física, que enfatizam o movimento e a socialização”, disse a diretora-adjunta, Elaine dos Santos Martins.

Para realizar as aulas de balé, a direção da escola, além da colaboração dos pais, contou com o esforço da professora de Educação Física Verônica Sales Fin. O espaço destinado as aulas não é voltado apenas ao balé, mas que também funciona como sala de leitura em horários específicos.

Um ponto importante do praticante de balé, conforme falou a professora Verônica Sales Fin, está relacionado à questão da disciplina: “Estamos conseguindo desenvolver na criança a sensibilidade artística e a expressão corporal, além de estar podendo transformar o sonho de muitas meninas em realidade. Também percebi que as alunas estão ficando mais desinibidas. O propósito é libertar os movimentos e trabalhar as expressões. Todavia não esquecemos dos cuidados necessários com o tipo de música que são trabalhadas dentro da escola e a coreografia”, salientou Verônica.

Entusiasmada com o sucesso do projeto, a professora pontuou os inúmeros benefícios que a criança poderá conseguir ao praticar ballet: “A prática do ballet desenvolve a coordenação motora, o ritmo, a musicalidade, além de obter uma postura bonita e o gosto por vários tipos de artes. Neste último bimestre, por exemplo, os alunos vão fazer parte do projeto “Literarteando”, que envolve arte e literatura e vai associar canções de Vinícius de Moraes ”, contou.

Mas, as ações da Escola Municipal de Educação de Educação Infantil Leda Lêdo Esteves não param por aí. Quinzenalmente, as quintas e sextas-feiras, a unidade realiza apresentações de atividades relacionadas ao projeto “Dança na Escola”, integrando dança, teatro, música, jograis e até mesmo experimentações científicas: “Todas as atividades artísticas que são ministradas na escola, como o balé, são integradas e contextualizadas ao trabalho desenvolvido na sala de aula como linguagem oral, escrita e às disciplinas como Ciências e Matemática”, ressaltou Elaine dos Santos.

Ela também salientou que os projetos pedagógicos realizados na escola renderam resultados positivos no decorrer de todo ano: “Nossos alunos já participaram de projetos como “Gente tem sobrenome”, “Criança da Natureza”, que enfatizou a importância da água, alimentação e vida saudável e neste quarto bimestre estamos com o “Literarteando”, cuja culminância das atividades também promete ser um sucesso”, enumerou Elaine.

Para a subsecretária de Educação Infantil, Márcia Heloísa Branco, a ação segue a pauta da construção dos processos de ensino-aprendizagem de maneira interdisciplinar: “A proposta é ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os sujeitos da aprendizagem, buscando dessa maneira, ampliar dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos”, finalizou a subsecretária.


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